sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fan Fic Dimitri - Cap 10

Gostou? Eu que fiz!


É pessoal, final do capítulo 9 foi tenso e agora o Capitulo 10 online pra vcs! Eu amo esse capítulo tem Dimitri com ciúmes ashauhsuasua.
Divirtam-se!!

Fan Fic - Vampire Academy na versão de Dimitri
by: Lins




Vampire Academy


CAPÍTULO
DEZ


Eu me sentei na cama, o suor escorria pelo meu rosto, meu cabelo grudava em minha pele, eu levantei e fui até o banheiro e lavei meu rosto, olhei no pequeno espelho, meu rosto estava pálido, meio verde, de repente eu queria sair dali, o quarto ficou quente demais em pleno inverno de Montana, eu peguei meu casaco e sai para fora, não havia dado horário do meu turno ainda, mesmo assim eu comecei a vigia.
Havia alguns minutos que meu turno havia realmente começado quando eu ouvi passos atrás de mim, eram saltos, antes que eu me virasse uma voz me chamou.
“Guardião Belikov” eu me virei e quase virei novamente era a tal de Mia, ela andava apressada sobre os saltos, o som era irritante, chegando mais perto ela colocou a mão no coração “Deus, como você anda rápido”
Eu fingi que não ouvi seu comentário.
“Você não deveria estar por ai andando, esta quase na hora de  recolher” eu disse.
“É eu sei” ela disse “Eu já estava indo, mas vi uma cena que me deixou horrorizada” seu rosto era puro fingimento, eu arqueei uma sobrancelha “Eu vi um casal entrando na saleta que tem no fim do corredor no prédio das meninas.”
“E você conhecia o casal?” O rosto dela  iluminou, ela havia chegado onde queria.
“Rose e Jesse” Minha fúria veio como vendaval.
“Você deveria voltar aos seus aposentos” eu disse mantendo meu rosto passivo, mas a vontade que eu tinha era de socar alguém.
“Já disseram que você fica ótimo com os cabelos soltos” ela disse batendo as sobrancelhas, eu deixei meu cabelo solto para secar o suor que havia molhado um pouco.
“Senhorita Rinaldi, se coloque em seu lugar” eu disse em tom ríspido “Você precisa que eu a acompanhe ate seu prédio.”
“Não” ela disse jogando os cabelos sobre o ombro “Acho melhor você ir ver a vadia da sua aluna.”
Ela saiu batendo os saltos pelo chão.
Minha raiva explodiu, eu comecei a correr para o prédio onde Rose fica, escancarei a porta que dava ao hall de entrada, a inspetora abriu os lábios para me questionar, mas eu apenas levantei a mão para silenciá-la,  subi as escadas em três batidas de coração e cruzei o corredor em menos de  dois segundos arrombando a porta.
Meu ódio estava saltando em minhas veias, eu agarrei o garoto pelo colarinho e o encostei na parede.
“Qual é seu nome?" eu estava quase gritando.
"J-Jesse, senhor. Jesse Zeklos, senhor." Ele gaguejou as palavras.
"Sr. Zeklos, você tem permissão para estar nesta parte do dormitório? 
“Não, senhor.”
"Você conhece as regras sobre as interações entre os sexos masculino e feminino por aqui?"
"Sim, senhor."
"Então eu sugiro que você saia daqui o mais rápido que puder antes que eu lhe entregue para alguém que irá lhe punir de acordo. Se eu te ver mais alguma vez desse jeito” eu apontei para Rose, eu não havia nem olhado ela ainda, mas ela era um caso a parte –"Eu vou ser quem irá punir você. E irá doer.Muito.Você entendeu?" Jesse engoliu seco, seus olhos estavam arregalados .
 “Sim, senhor!”
"Então vá.”
Eu o soltei e sai do seu caminho, ele saiu da sala numa velocidade maior do que eu havia entrado. Continuei alguns instantes olhando para a parede, contei mentalmente ate cinco soltando a respiração entre cada número. Minha raiva ainda estava ali, eu a sentia, entre cada suspiro sentia meu sangue pulsando nas minhas veias como se pudesse rompê-las a qualquer momento. Eu nunca havia sentido algo como isso, ainda me perguntava o porquê, ela era apenas uma aluna inconseqüente, eu não sabia distinguir se minha raiva era por ela estar quebrando todas as regras e agindo de forma infantil, medíocre e não se dando o menor respeito ou se era pela pequena parte da minha mente que insistia em sussurrar que simplesmente não podia ser ela com outro que não seja...
Eu interrompi meu próprio pensamento me virando para ela, seus olhos grandes e marrons me atingiram como um vendaval me arrastando para algum lugar que não havia nada a não ser eu e ela. Os seus cabelos caiam em ondas meio desarrumadas, mas nela ficavam perfeito, suas bochechas tinham pinceladas vermelhas, seus lábios estavam mais vermelhos que o normal, talvez pelos beijos de Jessé. Uma parte de minha mente gritou com essa quase afirmação. Continuei a olhando, desci meus olhos sobre seus ombros que estavam nus, congelei quando percorri o resto do seu corpo. Ela usava apenas um sutiã preto e calças jeans, a cintura dela era fina e a barriga era lisa, o quadril era grande e a calça colava em suas coxas desenhando.  Voltei aos seus olhos, havia medo, vergonha, remorso e algo quente, não existia nada mais perfeito que ela, tudo e qualquer detalhe que fosse tirado dela  e colocado em outra não seria tão maravilhoso quanto é nela.  Eu permiti que a pequena parte que sussurrava em minha mente coisas sobre a Rose tomasse conta de meus pensamentos.
Eu insistia que nada era comparado a beleza dela, desejava quebrar qualquer espaço que havia entre nós. Eu me imaginava perdendo minhas mãos em seus cabelos e caminhando meus dedos pela sua pele, acompanhando cada centímetro que seu corpo me permitisse.
“Você vê alguma coisa de que gosta?” a voz dela me tirou de meus pensamentos, seu tom fez com que a minha raiva voltasse com uma intensidade maior ainda, lavando qualquer pensamento que eu tinha dela antes, o que eu sentia agora era raiva, pura raiva e o pior nojo.
“Se vista.” Minha voz era apenas uma demonstração de mim mesmo frio, minha mente havia clareado, eu a olhei enquanto ela se vestia desajeitada, qualquer coisa que havia passado por ela tinha ido embora, ela estava constrangida, mas mesmo assim continuava linda.
“Como você me achou? Você está me seguindo para ter certeza que eu não fugi?” a voz dela era embaraçada.
“Fique quieta,” eu disse a ela e a minha própria mente que insistia em sussurrar o quanto ela era linda, funcionou pelo menos com a minha mente.
“Um zelador viu você e relatou isso. Você tem alguma idéia do quão estúpido isso foi?” menti, eu não sei onde Mia queria chegar, mas aquele momento não era hora.
“Eu sei, eu sei, toda essa coisa de condicional, né?” Ela havia terminado de se trocar e agora olhava para mim de forma superior fazendo minha raiva apenas aumentar, quando ela ia parar e perceber o quão idiota isso estava sendo?
“Não só isso. Eu estou falando da estupidez de ficar nesse tipo de situação em primeiro lugar.”
“Eu fico nesse tipo de situação todo o tempo, camarada. Não é grande coisa.” A raiva dela fez com que sua voz saísse mais alta e o “camarada” foi irônico me deixando furioso.
“Pare de me chamar disso. Você nem sabe do que você está falando.” Eu não sabia o quanto se estudava sobre a Russia aqui, mas o “camarada” era por causa de Joseph Stalin um comunista Russo.
“Claro que eu sei. Eu tive que fazer um relatório sobre a Rússia e a R.S.S.R no ano passado.”
É, como eu imaginava ela sabia pouco, muito pouco e eu tinha dó do coitado do professor que havia corrigido esse relatório.
“U.R.S.S.” União da República Socialista Soviética, era a união entre Rússia, Ucrânia, Bielorússia, Transcaucásia e as repúblicas da Ásia Central. O fim ocorreu em 1991 com a independência da Rússia. ”E é uma grande coisa para um Moroi estar com uma garota dhampir. Eles gostam de se gabar.”
 “E daí?” como assim e daí? Realmente será que ela não se importava? Um caroço se formou em minha garganta. Quando ela pararia? Quando ela veria o quão inconseqüente ela estava sendo.
E daí?” meu desgosto estava presente nas palavras “Você não tem nenhum respeito? Pense em Lissa. Você faz você mesma parecer fácil. Você vive de acordo com o que muita gente já pensa sobre garotas dhampirs, e isso reflete nela. E em mim.”
“Oh, entendi. É sobre isso que estamos falando? Eu estou ferindo seu grande e malvado orgulho masculino? Você está com medo de que eu arruíne a sua reputação?”
“Minha reputação já esta formada, Rose. Eu defini minhas metas e batalhei por elas há muito tempo. O que será da sua ainda está para ser visto.”  Eu decidi terminar com nossa conversa, realmente não queria mais ouvir a voz dela  “Agora volte para o seu quarto,  se você conseguir fazer isso sem se atirar em outra pessoa.”
“Este é o seu jeito sutil de me chamar de vadia?” ela me olhou com raiva, suas palavras saíram gritadas.
“Eu ouço as histórias que vocês contam. Eu ouvi histórias sobre você.” Era verdade, eu ouvia os alunos falando na sala o como ela era antes de ir embora. Às vezes eu me perguntava se ela mudaria. Eu acreditei nisso plenamente quando ela voltou, mas agora olhando para a sala e me lembrando dela nos braços de Jesse eu já não estava tão certo assim. Eu olhei para ela, sua mandíbula estava travada e os olhos estavam brilhando. Lágrimas acumulavam e molhavam seus cílios longos, ela não chorou, mas algo se quebrou em mim e eu me lembrei do meu sonho, os mesmos olhos sem vida, sem cor, a pele morena pálida sem vida, mesmo assim ela continuava perfeita.
“Por quê é tão errado... não sei, se divertir? Eu tenho dezessete anos, sabe. Eu deveria poder aproveitar isto.” Sua voz era embargada.
“Você tem dezessete, e em menos de um ano, a vida e a morte de alguém vai estar em suas mãos.  Se você fosse humana ou Moroi, poderia se divertir. Você poderia fazer coisas que as outras garotas podem.”
“Mas você está dizendo que eu não posso.”
Eu pensei em Ivan, em como era nossa amizade e em como era fácil estar com ele, o quanto ele era meu amigo e o quanto eu sofria com sua ausência, minhas palavras saíram com o pensamento.
“Quando eu tinha dezessete anos eu conheci Ivan Zeklos. Nós não éramos como você e Lissa, mas nos tornamos amigos, e ele me requisitou como seu guardião quando eu me formei. Eu era o melhor estudante da escola. Eu prestava atenção em tudo nas minhas aulas, mas no fim, não foi o suficiente. É assim que é nessa vida. Um deslize, uma distração...”
Eu cortei as palavras e assim cortei meu pensamento, eu não falava isso com ninguém e no fundo não sabia nem o porquê estava falando a ela. A voz que sussurrava em meu ouvido voltou calma agora e disse apenas três palavras “Seu confessionário pessoal” eu a olhei novamente.
“Jesse é um Zeklos,” ela disse repentinamente.
“Eu sei” pelo que eu sabia ele era meio primo eu só não sabia que grau de parentesco eles tinham, na verdade nunca tentei descobrir. Eu o vi algumas vezes na casa de Ivan em festas, mas ele era mais novo.
“Isso incomoda você? Ele te faz lembrar de Ivan?” Nem um pouco, a aparência talvez, a cor dos olhos e a altura, mas Ivan era concentrado. Apesar de Livi ser uma dhamphir ele sempre a respeitou e isso agora não importava.
“Não importa como eu me sinto. Não importa como nenhum de nós nos sentimos.”
“Mas isso incomoda você.” Seus olhos me examinaram e eu senti como se ela conseguisse ver tudo em mim até mesmo minha alma. “Você sofre. Todos os dias. Não é? Você sente falta dele.”
Meus lábios se abriram e eu fiquei por um momento curtindo meu espasmo, como ela conseguia? Como ela tinha esse poder de arrancar tudo de mim? Quem afinal era ela?
“Não importa como eu me sinto. Eles vêm antes. Protegê-los.” Eu vesti novamente minha máscara.
Rose ficou pensativa, eu sabia que ela estava pensando em Lissa e então algo me ocorreu, assim como eu Rose era quase transparente para mim eu conseguia vê-la
“Sim, eles vêm.”
Eu continuei a olhando, a determinação estava presente só estava escondida, ela daria a vida por Lissa, ela não desistiria, ela só precisava de alguém que a ensinasse e no fim esse era meu papel. Eu sempre fiquei com medo de estar com ela por não ter contato direito com nenhum aluno, mas ali estava ela. Me lembro de ter dito a ela que ela tinha eu e as aulas extras, mas será que realmente tinha? Será que eu estava dando meu melhor a ela?
“Você me falou que quer lutar, realmente lutar. Isto ainda é verdade?”
“Sim. Absolutamente.” A voz dela era determinada.
“Rose...eu posso te ensinar, mas eu tenho que acreditar que você vai se dedicar. Se dedicar realmente. Eu não posso ter você distraída com coisas como esta.” Eu apontei a sala. Eu queria ensiná-la , eu queria dar a ela meu melhor e no fim eu não saberia se poderia suportar situações como a de hoje “Eu posso confiar em você?”
Os olhos dela brilhavam, as lagrimas estavam ali novamente e a mascara que eu havia demorado alguns anos para montar na frente dela não valia de nada, eu era apenas eu mesmo me comovendo com as suas meninices.
“Sim, eu prometo.”
“Então bem, eu vou te ensinar, mas preciso que você seja forte. Eu sei que você odeia a corrida, mas é realmente necessário. Você não tem idéia de como são os Strigois. A escola tenta preparar vocês, mas até você ver o quão forte e rápido eles são... bem, você não pode nem imaginar. Então eu não posso parar com a corrida e o condicionamento. Se você quiser aprender mais sobre luta, precisamos adicionar mais treinamentos. Eu vou tomar mais do seu tempo. Você não vai ter muito tempo de sobra para os deveres ou para qualquer outra coisa. Você ficará cansada. Muito cansada.”
Eu descarreguei tudo de uma vez só, ela pensou um minuto mordendo o lábio inferior.
 “Isso não importa, o que você disser para fazer, eu farei.”
Eu a estudei olhando a sinceridade e a determinação em sua voz, ela daria seu melhor.
 “Começaremos amanhã.”


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