sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fan Fic Dimitri - Cap 9

Gostou? Eu que Fiz!



Capítulo 9 ON!!!


Fan Fic - Vampire Academy na versão de Dimitri
by: Lins

Vampire Academy

CAPÍTULO
NOVE

A raiva de Rose não havia passado, ela lutou como nunca eu tinha visto, ela venceu de um de seus amigos o deixando no chão por um tempo depois da luta.
Alguns aplausos e assovios  seguiram depois da luta, ela não sorriu, apenas pegou sua bolsa e saiu, Mason a seguiu para fora. Eu continuei no ginásio, meu próximo horário também era ali.
Eu fiquei pensando em como ela lutou na aula, havia alguma coisa que ela estava me escondendo eu só não sabia o que era.
As aulas passaram até a hora do almoço, meu estômago não estava bem para comidas hoje eu estava apreensivo com a historia de Lissa e Rose. Quando as aulas voltaram eu decidi que precisava conversar com alguém.
Eu entrei na sala de Kirova ela sorriu ao me ver.



“Ola Dimitri, no que posso ajuda-lo? Eu fiquei curiosa ao saber que você estava querendo falar comigo, desde quando você entrou nós nunca tivemos nenhuma conversa por incentivo seu” seu sorriso morreu “Não me diga que Rose já esta te dando problemas”
Como ela conseguia falar tão rápido em um pouco espaço de tempo?
“Não ... não, com Rose esta tudo bem ela é realmente ótima” Kirova não parecia concordar comigo, as vezes eu tinha vontade de perguntar a alguém como era Rose antes dela fugir e as vezes eu tinha medo do que poderia descobri.
“Na verdade eu queria conversar sobre o que aconteceu essa manhã”
“Dimitri estamos em uma escola, às crianças aqui presentes tem rixas umas com as outras” ela disse em um tom educado “Rose e Lissa quando saíram daqui não eram muito queridas, Rose sempre teve um temperamento e um comportamento difícil ”
“Eu acho que está mais sério que antes, olha o que aconteceu essa manhã” Eu estava tentando ficar calmo, mas estava realmente difícil “Vocês já descobriram algo?”
Kirova deu os ombros “A inspetora disse que ninguém de diferente entrou”
Eu olhei para um vaso no canto da sala, as plantas eram tão perfeitas que pareciam artificiais.
“Olha guardião Belikov, nós vamos descobrir quem fez isso, eu entendo que você esta preocupado com a princesa”
“A senhora acha que tem algo a ver com o que Rose disse quando voltou?”
“Han?” Ela parecia surpresa, mas não consegui entender o porque.
“Quando Rose voltou, ela disse que havia levado Vasilisa para protegê-la, que nenhum de nós fizemos isso.”
“Rosemarie apenas estava tentando nos convencer aquele dia, ela é uma insolente sem freios.”
“Eu acho que depois do que aconteceu hoje deveríamos pensar mais a sério no caso, olha eu realmente acho que essa brincadeira  foi longe demais. Era um animal morto, alguém teve o sangue frio de matá-lo e ainda colocar ele lá encima em um dos quartos, não podemos apenas fingir que nada aconteceu.”
“As devidas providências já foram tomadas não há mais nada que podemos fazer” ela disse com uma voz ríspida “Não há provas para nada, ninguém viu ou ouviu nada que comprometa ninguém.”
“Nós deveríamos falar com Rose” eu continuei insistindo.
“Eu já perdi muito tempo com os devaneios e encrencas que Rosemarie se mete e o problema aqui é a princesa e não Rosemarie.”
Houve uma leve batida na porta.
“Entre” Kivora disse depois de um suspiro.
“Com licença” a secretaria entrou, ela me deu um olhar furtivo o mesmo que ela me deu quando entrei e pedi para falar com Kirova “Eu realmente não queria atrapalhar sra. Kirova, mas pelo que parece um aluno colocou fogo em outro dentro da sala de aula.”
“O que?” a voz de Kirova deve ter subindo uns quintos oitavos “Como assim? Quem é este aluno? E fogo machucou alguém?”
“O nome do aluno é Christian Ozera e não, pelo que parece não machucou ninguém apenas tumultuou a aula.”
“Outro problema, mais um” Kirova disse se levantando da cadeira “Ele esta ai fora?”
A secretaria balançou a cabeça em sinal de afirmativo.
“Peça para ele entrar” eu me levantei.
“Kirova terminamos nossa conversa em outro momento mais oportuno” eu disse.
“Não, você pode ficar, sua presença é imponente de mais, talvez coloque um pouco de disciplina no garoto.”
Eu ergui minhas sobrancelhas, mas permaneci em silêncio, caminhei para o canto da sala, alguns minutos se passaram e Christian entrou na sala.
Seu rosto era zombeteiro e irônico ele sentou a frente de Kirova.
“E então senhor Ozera,” Ela disse com um sorriso forçado que logo se fechou “qual o seu problema?”
“Que eu saiba nenhum” ele respondeu.
“Ata, então você coloca fogo em alguém e acha que não tem problema algum” Kirova disse em um tom de desdém.
“O fogo não era problema meu e sim dele, ele teve que agüentar”
Kirova deu um suspiro alto.
“Você sabe que é proibido usar magia dentro do campos senhor Ozera e mesmo assim utilizou, isso quebra as normas desse colégio a não ser que você tenha uma boa explicação para isso ou será punido pelo seus atos”
“Usar magia no campos é proibido, mas matar um animal e colocar sobre a cama de uma garota não? Colocar um fogo que não queima em um idiota é proibido, mas a sala inteira zoar a menina que encontrou um animal morto em cima de sua cama não?”
Eu vi a raiva reluzir nos olhos de Kirova, eu continuei em silêncio no meu canto, mas eu sinceramente estava adorando o jeito de bad boy de Christian.
“E você acha que você é o justiceiro agora?” Christian apenas deu os ombros.
“Otimo Sr. Ozera eu não aplicarei nenhum castigo, mas sinceramente espero que isso não volte a acontecer, você nunca me deu trabalho algum e espero que assim continuei”
Christian apenas acenou com a cabeça.  
“Guardião poderia acompanhar Christian”.
Saímos da sala em silêncio, eu fiz apenas um gesto para a secretária, assim que viramos o corredor e perguntei.
“O que houve na sala?” ele apenas ergueu a sobrancelha, eu continuei a raiva me consumindo “Olha eu realmente quero ajudar, antes de você chegar eu estava discutindo isso com Kirova, então quer parar de bancar o idiota comigo e falar o que aconteceu na porra da sala” eu sinceramente esperava que ninguém ouvisse o que eu tinha acabado de dizer a ele.
Seus olhos arregalaram um pouco e depois ele colocou a máscara de novo, mas achou mais sensato me responder.
“Mia que começou, ela achou legal fazer uma piada idiota no meio da aula sobre a raposa e então Ralf pegou a deixa e fez outra, só que Rose tomou a dor e começou a discutir com Ralf, eu realmente achei que ela iria arrebentar a cara dele, no momento eu até gostaria de ver, mas então me lembrei do que Lissa me disse ” Ao dizer o nome da princesa sua voz ficou mais calma “Que a regra era simples, se Rose fizesse algo ela estaria fora”
Eu sabia que pelo seu tom de voz ele não havia feito por Rose e sim por Lissa, ele se importava com ela.
“Quem é Mia?” eu perguntei, Ralf eu já sabia quem era,  ele era amigo de Jesse, primo de Ivan, eu não conhecia nenhum dos dois, mas a fama deles não era boa.
“Mia Rinaldi, uma moroi loira, ela é mais ou menos um ano mais nova que Lissa, pelo que sei as três não estão se dando muito bem, vivem se encarando por ai, principalmente ela e Rose”
“Hum” pelo nome eu não me toquei, mas lembrei da igreja e do almoço onde Rose dava de dedo na cara da garota loira “E você acha que Mia mataria a raposa?”
“Eu sei lá” ele disse dando os ombros “acho que ela não teria tanto sangue frio, mas ninguém sabe não é verdade”
Nós chegamos ao prédio dos alunos.
“Obrigado Christian”
Eu o deixei lá e fui para o meu quarto, coloquei um moletom e sai para correr. O dia logo amanheceria, o céu ainda estava totalmente escuro, o frio cortava meu rosto e eu me lembrei de quando eu e Livi saíamos para correr enquanto Ivan dormia. Ela dizia que quando queria pensar era só correr, eu nunca entendi muito bem como ela conseguia falar e correr ao mesmo tempo, eu me lembrei do pedido de Ivan antes de morrer, encontre-a, encontre Livi. Eu voltei ao local alguns dias depois, a plantação onde ele foi morto de dia  parecia calma, mas eu ainda me lembrava de quão assustador ela foi, mas eu nunca encontrei nenhum vestígio dela, as vezes eu agradecia por voltar sem encontrar nada eu não saberia se agüentaria encontrá-la depois de tudo que passei quando encontrei Ivan . Depois de sua morte eu sempre sonhava com ele vendo sua vida escorrer em cada gota de sangue que ele perdia. Sonhava também com os dias que passamos juntos e cheguei até a sonhar com a viagem que nunca pudemos fazer juntos. Eu parei de correr colocando as mãos no joelho, minha respiração estava rápida e eu estava sem ar. Eu fiquei parado ali por alguns instantes depois desistindo eu voltei caminhando paro o meu quarto.
No caminho eu me lembrei do que Livi havia dito, Galina é um deles, eu já vinha pensando nisso a muito tempo. Eu sabia que Galina havia se tornado uma strigoi. Ela havia sido professora minha e de Livi no colégio que estudávamos na Sibéria, nós nunca soubemos como ela havia se transformado, apenas um dia sumiu, isso faz alguns anos, hoje eu sabia que ela vivia ainda na Rússia em São Petersburgo.
Eu cheguei no meu quarto arrancando meu moletom e minha camiseta, no meio do caminho do banheiro me desfiz da calça, eu entrei no chuveiro e deixei a água cair sobre meu corpo, com um movimento eu estralei meu pescoço. Fiquei algum tempo deixando a água cair sobre mim, depois tomei um banho tirando o suor, coloquei roupa e deitei na cama, em uma hora eu trocaria de turno com outro guardião para as rondas da escola, eu coloquei o relógio para despertar.
Eu acabei cochilando e acordando em um lugar que eu conhecia. O campo verde agora estava branco, a neve cobria tudo os topos das árvores, a plantação havia sumido dando espaço somente a um carpete branco que se estendia a minha frente. Eu comecei a caminhar por ele não sabendo direito aonde eu iria, meus olhos varreram o lugar. Quando eu estive aqui ele era somente verde por todos os lados, a plantação era alta e não dava para ver muito ao redor, agora eu conseguia ver ao redor, pinheiros se erguiam ao longo e eu via a cidade meio longe. O chão era fofo aonde eu pisava me fazendo afundar em alguns locais, de repente meu pé afundou em algo mais úmido sem nenhuma consistência, eu tirei meus olhos da cidade e olhei para o chão. Uma poça de sangue estava nos meus pés, com horror eu levantei os olhos apenas para olhar minha frente, o sangue se estendia a minha frente fazendo um rastro pela neve totalmente branca, quando o rastro terminava uma elevação na neve me chamou a atenção, parecia que algo havia sido coberto pela neve. Eu corri pelo rastro até o local e empurrei a neve com as mãos, mas quanto mais eu empurrava mais ela parecia aparecer, depois de algum tempo minhas mãos pegaram em algo que não era neve e sim cabelos, eu tirei a neve mais devagar desencobrindo o rosto de Livi, seus cabelos loiros estavam com flocos brancos, sua pele estava mais branca, seus lábios estavam roxos e seus olhos estavam semi abertos. Eu olhei com horror e levei uma de minhas mãos ao seu rosto, uma sombra  tampou a claridade do sol eu tirei meus olhos do rosto de Livi olhando para o alto.
Galina me olhava, ela continuava alta, magra, seu cabelo caia nos ombros, ela usava um vestido vermelho sangue, seus lábios formavam um sorriso malicioso quando sua voz saiu era fria e sem nenhum remorso.
“E o próximo será você” ela esticou os dedos longos para o corpo de Livi no chão “Tão linda, mas boa demais para continuar viva, eu tive que fazer isso Dimitri ou ela me mataria”
Eu não respondi, voltei os olhos ao corpo que agora estava sobre minhas pernas e então o ar me faltou, eu me desesperei,  meu coração apertou.
Não era mais Livi que estava nos meus braços, os cabelos agora eram negros, os olhos estavam totalmente abertos, me olhavam com horror, me culpavam, os lábios estavam separados como se ele quisesse falar algo, eu a puxei para perto de mim a agarrando em um abraço sem resposta, minha voz cortou o vento.
“Não Roza, você não”.

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