sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fan Fic Dimitri - Cap 11

Gostou? Eu que fiz!




Capitulo 11 online para vcs! Aproveitem pq os capítulos escritos estão acabando e agora temos que esperar a Lins poder escrever os outros e a gente revisar.
Mais um capítulo com lembranças do Dimitri e mais uma vez situações tristes, espero que vcs gostem! Eu pelo menos adoro saber sobre o Dimitri antes de ir para St. Vladimir.
E não esqueçam de comentar. É rapidinho e não dói nada!!




Fan Fic - Vampire Academy na versão de Dimitri
by: Lins


Vampire Academy

CAPÍTULO
ONZE


Eu a levei ate a porta do seu quarto, nós caminhamos sem dizer nada. Ao chegar ela apenas deu um sorriso, eu elevei um lado do lábio num sorriso cansado, assim que a porta fechou e eu escutei a chave virando, encostei a testa na porta do quarto, era gelada e refrescava minha pele que parecia ferver. Na minha mente passou um filme do dia, desde o sonho ate agora e novamente eu me perguntei quem era ela?
“Sr Dimitri?” eu tirei a testa da porta e olhei para a inspetora “Algum problema? O Sr. subiu correndo. Rose esta bem?”
Eu ponderei os acontecimentos, ela estava bem?
“Sim. Está tudo bem” agora está, com ela pelo menos, eu não sabia comigo. ”Olha me desculpe pela forma que entrei, eu realmente precisava resolver algo com ela, coisa de guardião. Agora se me der licença preciso voltar a guarda”
“Claro, sem problemas”.
Eu caminhei devagar para a porta saindo no frio de Montana. O dia estava quase raiando, eu podia ver alguns raios que tentavam rasgar o céu, caminhei sem olhar para onde ia me permitindo esse erro grave para um guardião.
Me lembrei que logo quando Ivan faleceu e Livi sumiu eu assumi uma postura diferente, escondendo tudo de mim e criando uma mascara. Era assim que eu chamava, a máscara de guardião, eu demorei para construí-la, mas a maior parte foi assim que ele morreu, muitas pessoas me julgavam, me acusavam pelo meu erro, outras tinham pena, me olhavam com dor, dó.
No dia do enterro eu havia colocado um terno e não me permiti chorar nem mudar minha postura. Eu usei minha mascara pela primeira vez, não demonstrava nenhum sentimento mesmo estando destruído por dentro, minha cabeça latejava e as pessoa cochichavam e olhava para mim. Eu apenas olhava para o caixão preto na minha frente, o cheiro de Rosas invadia meu nariz. A mãe de Ivan optou por brancas, mas em uma certa hora elas começaram a amarelar, minha cabeça ainda doía e os comentários não paravam.
Muitos Moroi haviam vindo para o velório, alguns da família, outros conhecidos e lógico mais um tanto de curiosos. A casa de Ivan sempre foi grande e a mãe de Ivan sempre foi muito religiosa, em alguns momentos ela parecia minha mãe e isso me fazia sentir confortável. A casa tinha sua própria capela, era pequena, mas linda por dentro. Cabia mais ou menos umas 150 pessoas sentadas, os bancos eram todos de madeira de acácias, a porta era enorme e os vitrais iam do chão ao teto, os desenhos deles mostravam os últimos dias de Jesus na terra. Havia três degraus longos que levavam ao altar, uma mesa ficava na frente e atrás dela mais um vitral horizontal com a santa ceia. A mãe de Ivan sempre deixava flores por aqui, mas hoje havia mais, muito mais. Hoje as flores deixavam o lugar de aparência marrom num nítido claro, o verde dava contraste, parecia um casamento a não ser o caixão na frente, ele não combinava com nada. Um padre muito próximo a família se disponibilizou para fazer a cerimônia,  eu a ouvi em silêncio e com a cabeça baixa, um milhão de sentimentos passavam por mim e nada parecia me confortar.
Quando a cerimônia acabou algumas pessoas se levantaram, uma mão repousou em meu ombro.
“Dimitri?” eu olhei para os olhos do irmão de Ivan, Nikolai era mais novo que Ivan, ele tinha 15 anos, a aparência dos dois eram iguais só os cabelos de Nikolai eram maior, os olhos dele estavam cheios de lagrimas “Você vem?”
Eu não precisava perguntar onde, eu sabia. Eu levantei, ele não tirou a mão do meu ombro ate chegar no caixão que já estava fechado, cada um de nos pegamos nas primeiras alças, um de cada lado, eu não sabia quem estava para traz de mim e nem olhei para ver. Caminhamos para a chuva que caia fina, mas gelada, passamos pelo jardim chegando ao pequeno cemitério particular. O chão já estava aberto e havia ao lado tapetes de gramas perfeitos. Quando o caixão começou a descer o desespero  tomou conta de mim, algumas lágrimas escorreram pelo meu rosto, eu as enxuguei com as costas das mãos, Nikolai veio ao meu lado, a chuva havia aumentado. Quando o caixão estava coberto e não havia mais nada a não ser uma grama perfeita com buques de flores encima as pessoas começaram a dispersar, alguns ficaram, inclusive eu.
O senhor da idade mais ou menos do pai de Ivan se aproximou guspindo as palavras no meu rosto.
“Não adianta se lamentar garoto, a culpa é sua” eu apenas abaixei a cabeça, no dia eu não sabia quem era, mas hoje eu sei, era o pai de Jessé, os dois se pareciam muito, os dois egocêntricos.
Nikolai tomou minha frente “Cala a boca tio, ninguém teve culpa.”
“Você não sabe de nada garoto, então não me interrompa” ele continuou “Você depois dessa dhampir deveria desistir e voltar para o lugar de onde veio, voltar para sua mãe aquela...”
Ele silenciou quando eu levantei minha cabeça travando minha mandíbula.
“O que você iria dizer?” eu disse num tom obscuro, os olhos deles se arregalaram e eu vi medo. Os dois guardiões dele deram um passo a frente, vendo isso ele sorriu e continuou
“Você sabe sua mãe não pres...”
“Chega!” um senhor de meia idade com um casaco escuro se aproximou “Zeklos, esse não é um bom lugar e não é uma boa hora”
Ele olhou para o senhor e depois me fuzilou com os olhos, decidindo o que era melhor ele deu um suspiro virou e começou a caminhar pela chuva em direção a saída.
“Nikolai, Dimitri eu realmente sinto muito” o senhor disse “meu nome é Johan Szelsky, e esses são alguns dos meus guardiões Janine Hathaway e Igor Kochloukov
Eu apenas acenei com a cabeça, o senhor virou sua atenção para Nikolai.
“Nikolai vamos dar uma volta, preciso conversar com você.”
Os três saíram ficando apenas um guardião dele.
“Eu realmente sinto muito” a voz dela era calma e meio sem jeito.
“Obrigado”
“Não foi sua culpa, eu ouvi falar de você, me disseram que você é realmente bom, então não adianta se culpar” eu respirei fundo, eu também havia ouvido falar de Janine, ela era considerada uma das melhores.
“E agora?” eu olhei para ela a pegando de surpresa “Como vai ser daqui por diante?”
“Depende” ela deu de ombros “Ou você pode ficar com a família ou pode simplesmente pedir para ser designado para outra”.
Eu abaixei minha cabeça.
“Olha Dimitri você fez uma escolha, a escolha de ser um guardião. Eu sei o quanto deve ser difícil para você, mas você precisa continuar, nessa vida temos muitas perdas, deixamos muitos e muita coisa para tras” ela disse a ultima frase com dor “Mas é nossa escolha, você não deve desistir.”
“Você já perdeu alguém?”
 “Perder não é a palavra certa, eu tive uma filha quando era mais nova” isso me surpreendeu, eu não sabia, meu rosto deve ter entregado isso “É. Eu a deixei em um colégio para estudar e virar guardiã, ela não me perdoa por isso e nós não nos vemos com freqüência.”
“Porque você não tenta se aproximar dela?”
“Porque agora ela fugiu do colégio onde estuda com uma amiga e ninguém sabe exatamente onde as duas estão” o rosto dela era de decepção, mas eu achei algo de engraçado na historia da filha dela ter fugido. Eu só não sabia se era engraçado ou se na verdade eu estava desesperado.
“Janine. Vamos?” Igor a chamou.
Ela olhou para mim, seus olhos castanhos eram familiares agora.
“Eu realmente sinto muito”
“Obrigado. Por tudo” eu dei um sorriso.
“De nada.”
Eu fiquei mais uns instantes ali me decidindo.
Alguns dias se passaram até que eu entrasse no gabinete do pai de Ivan.
“Senhor podemos conversar?” ele estava atrás de uma mesa enorme com papeis bagunçados.
“Lógico meu filho, entre” toda vez que Zeklos falava comigo com carinho era uma facada em meu peito.
“Eu entrei em contato com a corte e me disponibilizei” seu rosto passou de espanto para dor.
“Mas, Dimitri nossa família faz muita questão que você fique” no fundo eu também queria, mas eu realmente precisava sair dali. Como Janine me disse eu precisava continuar e ficando ali com meu amigo enterrado no fundo do quintal eu não me sentia bem “Eu realmente queria que você fosse guardião de Nikolai, ele sairá da escola daqui uns anos, mas se essa é sua vontade eu te apoio e saiba que sempre me terá por aqui, sempre que puder venha me ver e me ligue. Para onde você vai? ”
“Vou ser guardião em uma escola em Montana” a corte disse que precisavam, eu achei que uma escola deveria ser bom para mim.
“Bom então vá com Deus e não se esqueça de nós ” ele levantou e eu caminhei ate ele dando a mão, ele a pegou, mas puxou para um abraço.
“Não se esqueça da gente Dimitri.”
“Jamais, obrigado por tudo.”
Eu fui para meu quarto, peguei minhas malas e ao sair pelo portão eu vesti minha mascara, olhei para o casaco que Ivan havia me dado, ergui minha cabeça e caminhei para algo que nem eu mesmo sabia.


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