sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

Fan Fic Dimitri - Cap 12

Gostou? Eu que fiz!

E agora postando o último Capítulo que temos em mãos. A fic vai parar um pouco de ser atualizada ate a Lins escrever os outros, mas o blog continuará na ativa!
Aproveitem sem moderação!!!

Fan Fic - Vampire Academy na versão de Dimitri
by: Lins




Vampire Academy


CAPÍTULO
DOZE


Eu voltei ao presente, antes eu realmente não fazia idéia do que me esperava, hoje eu sabia o que me esperava. Era a filha de Janine a fujona, chegava a ser ate engraçado como foi quando Janine me contou, a única coisa que ela não sabia era que a filha dela era a única que conseguia me ver de uma forma que ninguém mais via. Ela conseguia me varrer por dentro sem pedir licença, ela conseguia invadir meus sonhos e fazer deles um caos total, conseguia  me colocar em desespero.
“Ah Roza” eu disse entre um suspiro.
Eu decidi me concentrar em meu turno, eu tava andando entre algumas árvores, continuei caminhando percorrendo o perímetro do colégio.
Os dias se passaram. Eu estava arrancando tudo que podia de Rose nos treinos, ela estava melhorando e não reclamava mais tanto. O desempenho dela estava ótimo e ainda conseguia me perder em pensamentos quando ela estava perto na hora do treino, não porque realmente queria que ela aprendesse, então dava meu melhor não me permitindo olhar nada mais que seus movimentos, mas depois dos treinos sempre deixava meus olhos acompanharem seus movimentos. O jeito com que ela prendia o cabelo que escapava com o treinamento, o jeito que falava disparada às vezes, ou quando ela se alongava e fazia bico quando eu pedia para que ela fosse correr.
Eu cheguei ao ginásio antes de Rose, fui ate o vestiário e coloquei um moletom e uma camiseta. Ontem eu havia assistido uma aula  e decidi ensinar alguns golpes para ela.
Eu sai do vestiário e logo ela entrou com um conjunto de moletom cinza, os cabelos estavam presos. Ao me ver ela me olhou de cima a baixo, seus olhos ficaram escuros e depois clareou.
Eu esperei ela se alongar, parei na frente dela no colchonete, cruzei os braços e a encarei.
“Qual é o primeiro problema que você vai encontrar quando confrontar um Strigoi?”
“Eles são imortais?
“Pense em alguma coisa mais básica.” Eu rebati, ela ficou pensativa, eu sabia que ela me daria a resposta certa.
“Eles podem ser maiores que eu. E mais fortes.”
Eu concordei com a cabeça satisfeito “O que torna isso difícil, mas não impossível. Você pode usar a altura e peso extra de uma pessoa contra elas.”
Eu comecei com algumas manobras básicas de defesa para ensiná-la a derrubar  alguém, seus olhos acompanhava cada movimento meu absorvendo tudo, no fim eu decidi que queria vê-la tentar.
“Vá em frente.” Eu disse, dando um passo para trás “Tente me bater.”
Ela não teve êxito pulando para frente me dando um golpe que eu havia ensinado a ela, eu a bloqueie derrubando-a no chão. Quando pensei em ajudá-la ela já estava de pé novamente vindo para cima de mim, eu a bloqueie novamente. Ela tentou quase todos os golpes que eu havia ensinado o que me deixou orgulhoso, ela realmente estava aprendendo, no último eu a joguei longe.
Ela levantou fazendo um bico e levantando as mãos em um sinal desistindo.
“Ok, o que eu estou fazendo de errado?”
“Nada” Ela levantou um lado dos labios parecendo incrédula.
“Se eu não estivesse fazendo nada errado, eu já teria deixado você inconsciente.” Eu quase ri, inconsciente era meio exagerado.
“Improvável. Seu movimentos estão certos, mas é a primeira vez que você tenta. Eu faço isso há anos.”
Ela revirou  os olhos dando um pequeno sorriso.
“Tanto faz o que você diz, vovô. Podemos tentar de novo?” eu olhei para o relógio.
“Nós não temos tempo. Você não quer ir se arrumar?” hoje a rainha irá vir até a escola, pelo que eu sabia ela já estava ai. Eu olhei para ela, seu rosto estava animado, eu imaginei que depois de tanto tempo trancada dentro de um quarto e tendo aulas comigo ela precisaria de um pouco de laser, mal ela sabia que não havia nada de interessante lá.
“Diabos, yeah, eu quero.”
Eu comecei a caminhar a deixando no ginásio, precisa me arrumar, eu tinha que estar no jantar também, um movimento me chamou a atenção e um grito me fez virar e agarrar Rose no ar pelos pulsos. Ela estava tentando me derrubar com um golpe que eu havia ensinado. Eu a joguei de novo no chão a mantendo presa.
“Eu não fiz nada errado!” o jeito com que ela gemeu as palavras me fez rir.
“O grito de guerra meio que te entregou. Tente não gritar da próxima vez.”  Ela havia gritado também quando eu a capturei em Portland.
“Faria diferença se eu tivesse ficado quieta?” eu olhei nos seus olhos que estavam nivelados ao meu.
“Não. Provavelmente não.”
Ela deu um suspiro alto, nossos rostos estavam tão pertos que o cheiro do hálito dela me atingiu em cheio, me lembrava de jasmim. Minhas pernas estavam em seu tronco e a pele mesmo debaixo do moletom queimava. O cabelo dela espalhava pelo chão, minhas mãos formigavam onde segurava, seu pulso passava um calor da pele dela para minha. Eu me foquei em cada detalhe do seu rosto, a pele morena, os lábios, os olhos, aqueles olhos faziam me perder em uma tempestade, meu cabelo caia sobre meu rosto quase tocando a pele do rosto dela, eu não queria apenas que meu cabelo a tocasse eu queria toca-la. A respiração dela estava desregulada e a cada suspiro que ela dava  mandava mais o seu cheiro me entorpecendo, deixando a minha respiração acelerada junto com a dela, minhas mãos começaram a suar  e eu não conseguia pensar direito. Ela me olhava, eu via que não era só ela que tinha efeitos sobre mim, eu também a deixava perturbada, o quão longe isso iria? Naquele momento eu não queria saber, eu não conseguia raciocinar direito. Ela suspirou alto mais uma vez e mordeu o lábio e pronto, ela me derrubou, o cheiro dela me atingiu mais forte e meu pensamento era só um, eu queria senti-la, eu queria sentir o gosto dos labios dela. Quando eu ia me abaixar ela falou me tirando da nuvem que ela mesma havia me colocado.
“Então hm... você tem algum outro movimento para me mostrar?” eu segurei um sorriso e respondi mentalmente “Não Rose, esse eu não posso te ensinar”, me concentrei de novo, onde eu estava com a cabeça, ela era muito mais nova que eu e ainda era seu mentor, pensar nela é uma coisa, mas isso me afetar é outra.
Eu fiquei de pé e gesticulei a ela “Venha. Precisamos ir.”
“Porcaria Dimitri” eu me xinguei ao chegar no quarto, a onde infernos eu estava com a cabeça.
Ate esses dias atrás ela estava com outro cara em um quarto e hoje você não consegue pensar em nada mais que não seja ela pelo amor de Deus. Eu caminhava de um lado paro o outro no meu quarto, hoje ele parecia pequeno demais, depois de alguns instantes me lembrei que tinha que me arrumar, tomei um banho e coloquei uma roupa apropriada e caminhei para o refeitório do Colégio. Nós guardiões deveríamos chegar antes, quando entrei já estavam quase todos lá.
Alberta veio ao meu encontro.
“Guardião Belikov.”
“Desculpa pelo atraso eu estava com Rose.”
“Sem problemas, não chegou ninguém ainda, mas me conte já que tocou no assunto, como anda as coisas com Rose?”
Meus pensamentos a responderam, difíceis, ela me deixa sem ar e as vezes eu falo que não deveria, ela consegue me decifrar e acho que sinceramente eu consigo decifrá-la também, minhas mãos queimam quando a toco.
Eu olhei para Alberta que ainda esperava uma resposta “Bem, ela esta tendo avanços extraordinários, eu realmente estou me surpreendo com a velocidade de aprendizado que ela tem.”
Ela sorriu de uma forma que parecia que era sincero, ela também estava feliz por Rose estar conseguindo.
“Que bom, eu acho que ela tem potencial” eu não queria falar sobre Rose então não a respondi apenas acenei com a cabeça, percebendo que eu não ia dizer nada ela gesticulou para tras de uma mesa luxuosa posta “Vamos nos posicionar ali, se você quiser pode se juntar aos outros”
Eu acenei e fui para o canto ao lado de mais dois guardiões. Eu fiquei ali olhando a decoração que eles usaram, na sala havia vasos enormes com flore, sedas e cetim para todos os lados.
As pessoas começaram a entrar e se posicionar, eu me foquei em um ponto e fiquei olhando para ele, mas um movimento familiar me fez correr um pouco os olhos para a esquerda. Rose estava entrando, ela estava com um suéter preto que a deixava com ar de seria, eu realmente não esperava vê-la com aquela roupa. Ela sorriu para alguém, eu segui seus olhos, era Lissa. Os Moroi estavam separados dos aprendizes, eu a olhei, o vestido azul combinava com seu tom de pele, mas os olhos de alguem me queimavam. Eu olhei ao lado de Lissa, sua prima Nathalie me olhava como se me sondasse, eu tirei o pensamento da cabeça e voltei os olhos ao meu ponto de fixação.
A cerimônia teve começo com a entrada real, alguns eram Morois que eu já conhecia inclusive o tio de Lissa, ele caminhava com dificuldade e seus passos eram devagar. Após a comitiva entrar a rainha apareceu no corredor com vestido longo. Eu havia conhecido Tatiana em outras ocasiões, ela nunca mudou de aparência desde o ano que a conheci, apenas o cabelo ficava cada dia mais branco. Ela deveria ter seus 60 e poucos anos, ela é alta como todos os Morois, seus passos eram lentos, pelo corredor ela falava com alguns alunos Morois.
Eu não prestava atenção nas palavras nem nos nomes que ela chamava ate ela chamar o próximo.
“Vasilisa Dragomir”
Meus olhos caíram na rainha, seu rosto não demonstrava nada, era como se ela apenas a tivesse chamado, ela não pretendia dizer nada de importante.
“Nós ouvimos falar que você retornou. Nós estamos felizes em ter os Dragomirs de volta, embora só reste um. Lamentamos profundamente a perda de seus pais e seu irmão, eles estavam entre os melhores dos Moroi, sua morte foi uma verdadeira tragédia."
Ela não parecia lamentar tanto assim.
“Você tem um nome interessante,” ela continuou. “Muitas heroínas de contos de fadas na Rússia se chamavam Vasilisa. Vasilia a Corajosa, Vasilisa a Bonita. Elas eram mulheres diferentes, todas tendo o mesmo nome e as mesmas excelentes qualidades: força, inteligência, disciplina e virtude. Todas realizaram grandes coisas, triunfando sobre seus adversários.”
“Da mesma forma, o nome Dragomir comanda o mesmo respeito. Reis e rainhas Dragomir tem governado sabiamente e justamente em nossa história. Eles tem usado seus poderes para fins miraculosos. Eles tem matado Strigois, lutando ao lado de seus guardiões. Eles eram da realeza por um motivo."
Nesse momento eu percebi, ela não queria elogiar Lissa, havia algo mais. Eu tirei meus olhos delas e procurei por Rose, ela estava tentando ouvir ou ver qualquer coisa, seus pescoço se alongava, eu podia ver que ela ficava  algumas vezes nas pontas do pés.
“Sim” Tatiana continuou, “você provavelmente tem um nome com poder. Seus nomes representam as melhores qualidades que uma pessoa pode oferecer e olhando para o passado esperar por atos de grandeza e valor.” Ela parou um momento. “Mas, como você teve demonstrando, nomes não fazem uma pessoa. Nem tem qualquer relação no que essa pessoa se transforma.”
Ela continuou sua caminhada, Rose e metade da sala ficaram com os lábios abertos, mas logo o dela se fechou, junto com os labios os olhos fecharam um pouco, ela analisou com raiva a comitiva, depois seus ombros relaxaram e junto com os dela o meu também.
 O jantar passou rápido e não demorou muito para que alguns grupos começassem a dispersar.
Eu fiquei ali e alguns guardiões começaram a conversar, fiquei apenas olhando, mas não me entrosei em nenhuma conversa.
Rose levantou, mais a sua frente eu vi Lissa caminhando para o pátio,  fiquei olhando as duas por um vitral lateral, Rose deu uma parada brusca quando viu que Lissa conversava com alguém, ela ficou ali por uns instantes e depois se juntou as duas.
“Observando sua futura protegida?” eu olhei para o lado, um dos guardiões do príncipe Victor me olhava com curiosidade.
“Antonie? Estou certo?” ele deu um meio sorriso, eu não sei o porque, mas simplesmente não gostava dele.
“Isso. Eu soube que você esta treinando Rose para ser sua parceira quando Lissa e ela se formarem” Eu apenas acenei com a cabeça.
“Deve ser difícil prestar atenção e dar aula para uma aluna tão linda quanto ela.”
Eu olhei para ele. Eu sinceramente não entendia onde ele queria chegar, minha mascara não funcionava com a Rose, mas com esse palhaço ela funcionaria. Eu dei a ele um olhar seco sem nenhuma mudança no rosto.
“Rose faz parte do meu trabalho e eu levo meu trabalho a serio, falando nisso eu preciso ir”
Eu sai, não esperando uma resposta, não olhei para trás. Comecei a transitar pelo salão, depois de algumas voltas, alguém apressado quase esbarrou em mim.
“Eu vou arrebentar aquela vadia” eu olhei com espanto o grupo de garotas que passavam, eu não sei de quem veio a voz, mas ela me pareceu familiar.
O grupo passou indo para o pátio eu dei mais alguns passos e fiz uma parada brusca olhando para fora, o grupo havia chegado em Rose e Lissa. Lógico que eu conhecia aquela voz, ninguém conseguiria chamar Rose de vadia com tanta intensidade a não ser Mia.
Eu comecei a andar rápido para fora, mas a voz de Kirova me parou.
“Guardião Belikov, que prazer em vê-lo” eu sorri.
“O prazer é todo meu diretora Kirova, algum problema?”
“Não...não eu apenas pensei que você estava com algum problema afinal estava saindo tão rápido” ela disse erguendo as sobrancelhas.
“Pensa rápido Dimitri, pensa rápido” eu pensei comigo mesmo.
“Na verdade eu estava pensando, que talvez seja melhor eu levar Rose de volta ao quarto, ela precisa descansar para os treinos, tudo bem para você.”
“Lógico” ela disse animada “Eu acho que a senhorita Hathaway não deve ficar muito fora de seus aposentos, ela pode nos causar problemas ” era isso que ela estava fazendo.
“Então eu vou indo, com licença.”

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